Há 6 anos o projeto reúne artistas que são inspirados por estas realidades e têm suas artes aplicadas em produtos de moda que, depois de comercializadas, têm o lucro revertido para ações de impacto social em regiões vulneráveis. Ações nas áreas da saúde, educação, cultura, lazer e moradia. Direitos básicos de todo ser humano. Mais do que uma marca, o Cidades Invisíveis é um negócio social que, através da arte, da moda e do empreendedorismo, transforma a vida de pessoas que realmente necessitam.

Em 2016 o projeto conheceu a Thaila Ayala, e de lá pra cá, como madrinha oficial, já fez concretizar diversos sonhos dentro das comunidades: contribuiu para construção da primeira praça pública do Frei Damião, maior favela de Santa Catarina; financiou, junto com a marca Tuart, a construção de 2 casas para famílias que viviam em barracos sem banheiro e sem mínima condição de dignidade. Participou de ações de cultura e lazer, proporcionando teatro e sessões de cinema a mais de mil crianças e adolescentes.

Thaila mudou a trajetória do projeto, dando visibilidade à marca e às favelas impactadas pelas ações. Esteve presente nas ações sociais, mas também nos eventos de lançamento de coleção, e até mesmo em leilão de obra de arte que reverteu diretamente para as famílias das comunidades.

Mais do que madrinha do Cidades Invisíveis, Thaila se propõe a vestir literalmente a camisa, fazendo parte de tudo e da construção do que o projeto quer ser: uma referência como marca social no Brasil e no mundo para inspirar e transformar a vida do maior número de pessoas.

Levar esperança para quem hoje não enxerga futuro. Oportunidade para quem só conheceu a desigualdade. E apresentar múltiplas possibilidades para quem não acredita que a mudança é possível e que um mundo melhor e mais justo está nascendo em nossas mãos.

Criado pelo Cidades Invisíveis, a incubadora batizada de Bonsai é um espaço para troca de ideias e projetos relacionados à inovação, moda, entretenimento e engajamento. Dentro dele, são oferecidos cursos e oficinas profissionalizantes para gerar oportunidade, trabalho e renda. O Cidades Invisíveis acredita que todos tem potencial, basta conseguir equipar as pessoas não só para sobreviver, mas para prosperar. Como diz o economista Muhamad Yunus: “Para mim, as pessoas pobres são como árvores bonsai. Quando você planta a melhor semente da árvore mais alta num vaso pequeno, obtém uma réplica da árvore mais alta, só que com apenas alguns centímetros de altura. Não há nada de errado com a semente plantada; o único problema é que a base, o solo que você deu a ela, foi insuficiente. As pessoas pobres são pessoas bonsai. Não há nada de errado com suas sementes, mas a sociedade nunca lhes deu a base adequada a partir da qual pudessem crescer.”

A solidariedade e os trabalhos colaborativos sempre existiram nas comunidades pelo Brasil afora e que o espaço busca justamente fortalecer e divulgar esse espírito comunitário, criativo e resiliente da população das comunidades. A ideia é desenvolver projetos de negócios dentro do Frei Damião, Chico Mendes e Monte Cristo, além de criar parcerias. Na comunidade há muita gente inovadora e o Cidades Invisíveis quer tornar os produtos e serviços feitos nela referência de qualidade. No longo prazo, o caminho é que esses empreendedores sejam referência para outras empresas de fora e até internacionalmente, pela inovação e criação de novos produtos.